terça-feira, 19 de outubro de 2010

Antes a própria gambiarra e depois possuir, a lua está crescendo.

Basicamente a criação vem na gambiarra ancestral.
Minha bisavó ( Ondina filha de Yemanjá ) foi abandonada pela mãe baiana e louca na cidade de Santos, foi criada por uma gentil pessoa....Nasceu meu avô no bexiga, na casa do leão, na vila itóroró. O Baiano da Bela Vista (filho de Ogum).
Ele se relacionou com a minha avó biológica, nasceu assim minha mãe ( filha de Iansã). Cresceu junto á sua avó. Soube que meu avô era seu pai aos 6 anos, antes achava que era teu tio.
Minha bisavó tinha um cortiço, que existe na rua Quatinga, 41- Chácara Inglesa.
Lá retirantes, velhos, quengas, crianças, boutique, cosme, damião, canja e um gurdião do terreno conviviam junto á dois banheiros - um de azulejos cor de rosa outro de ajulezos azuis e ainda... muitos quartinhos feitos pelo avô Antonio e depois por Seu Zé (Ô Muriiilooo) .
Minha mãe me teve jovem (depois de um samba, certeza que sou filha do samba), lá fui eu em lugares e lugares... entre pessoas amada. Entre pessoas amando.

As gambiarras estão em todo lugar. Não tenho pai (filho de Xangô). Tive amores. Construo a razão.
Da sujeira e do limbo. Muita memória. 4 ou 5 anos estava eu já com morada fixada. Minha avó postiça-amiga mãe( filha de Oxum). Criou-se, Criei-me. Estou aqui (filha de Oxum).

Ganhei um falo, que nutria um apreço por uma jovem ave branca. Juvenil e misturada.
A direção era masculina, de dentro pra fora. Uma seta, uma direção em frente.
Foi gostoso.
E possuia o controle.

Se meu passado é sujo, daí tirei as culturas criativas, misteriosas e ancestrais.
Da ascepsia não se tira memória, história. É limpo, é agora, não é passado.
Meu presente se recompõe. Só cabem os fortes nele.
Tomo a razão nas mãos e manipulo como o jovem de frente á ave branca e juvenil. É ereto.

Posso olhar em volta e direcionar minhas vontades, estou a educar as ações.
Só falta educação.
Se dá pela costrução da história desconhecida, adormecida, mas que pulsa no contato com o subterrâneo.

Emoção.

Mistério.

A Lua cresce. O Falo também. Tomo nas mãos o meu.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Do contato com o subterrâneo e nós mesmos

Por que será que os bárbaros foram chamados pelo velho Rei? Pelo desequilíbrio. Razão toma conta das terras, e assim seres metade bicho feroz, metade gente subiram á superfície.

Sua Rainha a grande mãe de argila, gorda e farta. Enterrada nas entranhas de um monte, nas raízes viviam seus filhos que faziam questão de comer seus irmãos mortos. Na criatividade feminina tudo se aproveita. Alimento não falta.

 Junto dos bárbaros uma elegância poeta-árabe que desvenda a si mesmo.
 Pouco a pouco foram morrendo estes guerreiros. Na noite de batalha, nas cavernas mais profundas, na imersão de serem quem eram sem medo.

 Mas a morte é sentid de forma diferente, é processo, é natural e não é luto. A própria morte de um outro Rei Bárbaro é mais bonita que a vida. Sentado após multilar e apunhalar a rainha dos seres subterrâneos, ele vencedor se senta e ali morre. Olhando para o horizonte, dentro da sua imponência.  Lindo.

A serpente são só homens com tochas, os seres noturnos são só homens de culturas diferentes, a velha sábia como gente morta.

Desequilíbrio - Equilíbrio novamente - Construção.

 quando você estabilizar e se der conta de quão grande você é, que fará?