sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Deitei pra deus enquanto te espero amor. Até abril!

Ao sermos jogados ao vento, como pétala de dente de leão, como cuspe na janela do trem ou do carro, como um recém nascido parido e jogado no resto de peixe como foi o caso de Jean Baptiste Grenouille podemos obter as mais severas, doces e particulares experiências.

No livro " O Perfume" de Patrick Sunski, nosso lixo de feira se transforma em um maravilhoso perfumista e assassino adorável!
O cuspe em contraste com o movimento rápido do transporte, o vento forte faz transformação da matéria no ar...
O dente de leão se descobre tão leve mesmo tendo nome tão robusto, um charme.

Eu doí, das brigas, das encrencas com um machado pesado sob minha cabeça. Como quem clama por doutrina e assim ainda grita, sapateia, chora. Eu gritei, ele ameaçou, abandonou. O vento me trouxe um eu te amo á distancia. É assim que nos amamos de longe, com ressentimentos, mas respeitosos carinhos á distancia. Trair os entes queridos, sub julgar os primários e seguir pra amores possíveis em sonho, em fé.

Os feios chegaram como que numa fileira, pedro, paulo, joaquim, beltrano, fulano, ciclano, admito não teria coragem.
E daí os merecidos, aqueles que falam, que conhecem, recitam, exploram, padecem, comem, contam, cuidam de crianças, massageiam a alma, o ego e a coluna, enxergam, dormem, acordam, acariciam, te seca ao sair do banho, te mostram desenhos, desenham em ti, pedem abrigo, ficam e não querem ir, vão e lutam pra não voltarem, rompem-te ao meio, surpreendem-se com os saberes, apaixonam-se nas curvas, nas luzes coloridas e nos cheiros, nos meus beijos, nas minhas mãos, riscam fósforos, engolem o fogo e deixam por fora o gelo e por dentro a queimar eternamente.

O deus me contou que havia imaturidade no tempo, eu aceitei o tempo. Aceitei você.

Deitei na esteira que deus me indicou, me coloquei a receber presentes e presente. Meu dia está chegando, nasci ás vinte e três horas e trinta e seis minutos do dia vinte oito de fevereiro de mil novecentos e oitenta e sete em diadema, uma coroa de realeza ascendente em sagitário, carnavalizei.

Da matilha familiar a neve fofa lua considerou a leitura 'dela' Sarah (três palmas pro povo da rua). 'Barcellariando' sem registro mas catulada na família fêmea.

Coroar de rainha, a regente me agracia com mel e ouro.
Os meus desenhos vem em doirado por tua causa, te agracio e te espero no quarto de santa, a lua.
Agora deito em esteira de palha, numa prece diária.
Até abril, se abrir a caixa de fósforos e resolvermos ascender juntos um de cada vez.