terça-feira, 23 de novembro de 2010

Quase estupro da mãe e marida.

Se por acaso do destino você adormece, no seu sono matinal um sonho como nenhum outro, ou melhor como todos os outros.

Foi assim: Chão molhado. asfalto. noite.
Peguei a direção do automóvel, saí na escuridão, bonita ela tava naquele dia. Luzes dos postes, lembro de criança das luzes. No Auto-móvel fui feliz de condutora, adulto em mim. Atravessei a avenida e foi fácil, feliz o adulto em mim. Estaciono. A criança criativa salta pra cima da bicicleta magrinha, vermelha desbotada anos 70.. caloi. Daquelas de pneu fininho. Brinca e andar na magrela, na noite, volta pela avenida e passa nas ruas mais calmas e desfruta das pernas torneadas morenas que alongam nos ferros sem pedalar. Abre as pernas no vento, noite quente de verão, choveu e ainda é quente.
Meninos a chamar, olha e acena com a cabeça, tão bem educada. Conitua na brincadeira nourna em frente de volta pra casa. Ainda escuta os meninos, mais perto a voz, mais perto.
Abordam, seguram.
De volta á casa, tenta convencê-los que o marido está em casa, que dorme e diz que foi tão educada. Questiona a bestialidade. Tenta contornar o inevitável.
A casa é linda, branca, um sobrado como o que sempre sonhei, tinha até varanda, anos 50. Mas não tinha marido nenhum. Não tem mais. Tem fotos nas paredes, tem a vida livre, os sonhos renovados, a habilitação, pernas bonitas, tem verão e tem estrupro? Eles percebem que não tem a casa ou a dona proteção. Forçam a porta pra entrar, forçam mais. Ela sabe que eles sabem que não há proteção. São dois jovens meninos e morenos.
Propõe a dona da casa uma possível relação consensual, são dois e ela uma. Ela pede proteção física, afinal foi educada. Tem medo do pior, eles aceitam o melhor.
Abre a porta qe separa a varanda da sala se estar. vira-se.
Não são mais. São filho e pai do filho. Um pequeno  sempre amado e um amado passado.
Me assusto, forte, suspiro.
Fomos brincar e jantar. Justo.
Ainda bem, porém na escrita sinto o peito ainda igual ao momento da tensão. Voltam.


Um comentário:

  1. Eu sou fã desse blog, viu.
    Tudo muito lindo, tem poesia por todo lado.
    Acabo e não me canso...
    quem sabe um Neruda? ou um Pessoa?
    Não sei... mas me faz bem ler, em vários signos e sentidos, o que você escreve.
    Amo-te!

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