domingo, 21 de fevereiro de 2010

A perda da inocência ou a volta dos que não foram....

Aos treze anos numa balada desmedida eu tomei remédios como cataflan e dipirona pra chamar a atenção da minha família. Aqueles golpes que quase toda criança nesta idade faz, sem motivo sério nenhum, só mesmo pra ganhar mais colo e atenção. Pois que o término da minha saga no hospital São Paulo durou uma madrugada e muita dor nos familiares, e um belo castigo de um mês sem contato com tudo que era a "vida" na época... Foi se então que nos murmurios festis que promoviamos, um deles não contou com a minha presença, e meu querido namoradinho juvenil resolver partir pro caminha das novas descobertas amorosas... tudo muito curioso...
Nesta noite eu tentei fugir, eu tentei falar com a minha avó, eu tentei chorar e tive um tipo de síndrome de pânico com fúria, com sentimento de justiça, de posse... eu não sabia da decição do Juvenil, mas sentia de alguma forma que estava acontecendo, lá dentro de mim... minha avó não me deixou sair, mas alumas semanas depois, sem ao menos desconfiar de nada eu soube. É como se já soubesse sem saber, foi incrível e eu pensei ter poderes mágicos.
Em 2005 a minha vida "mais adulta" começou a vigorar, é como se estivesse aberta para este mundo louco e bacana de sentir e tudo mais que vem com ele. O companheiro iniciou novamente a vida acadêmica neste mesmo período.
Eu conheci um casal que não comia carne e eram da natureza alimentar, muito bacana, quem me apresentou foi o meio do companheiro.
Em 2010 no dia 11 de janeiro eu comecei a escrever este blog, numa fulga da minha própria fúria, com muitas palavras soltas, com muita mágoa, com muita vontade de fugir. Eu sabia que tinha algo errado e somei uma série delas. Isso durou um dia inteiro e contei com a ajuda emocional e mental da minha melhor amiga e mãe. Minha avó.
Mas foi então, como se o destino trouxesse na minha casa o carnaval mais absurdo que já vivi. Numa segunda feira de festejo eu numa situação de conflito doméstico amoroso, logo após as desventuras das palavras, numa vontade de dormir e acordar diferente, não consegui... Sonhei com uma mulher que me rondava, tinha cabelos lisos, e foi estranho pensar que aquilo não tinha a ver com "isso". Fui para o quarto do pequeno e adormeci como e com um anjo que me protegia e me protege!
Seguiu-se menos de uma semana e num Sábado dia 20 de fevereiro de 2010.
Aquele casal vegetariano que já freqentou a minha casa, ja dmeu deu abraço, tapinha nas costas,  foi tema principal da minha noite.
Eu procurei ser toda verdade neste ano, se doer é porque eu preciso passar por isso, como são os ritos de passagem, eles não são fáceis mesmo. Você encara a situação ou não. Eu sempre resolvi encarar, quero a verdade.
Num jogo de conversas de amor, consciliação, eu trouxe a tona as minhas verdades sobre o descobrimento parcial do que na minha verdade eu não consigo digerir! Fo aí que uma personagem tão desmestificada pela minha inteligência se faz presente e me dá uma "lambada". Ah a paixão tomou de conta de dois parceiros, tomou conta do que eu não tive em mais ou menos um mês.
A paixonite aguda, me fez ser gente grande de novo, como diz a minha sogra sábia, são 5 anos de processos pessoais em tudo.... demoramos 5 anos pra fazer daquilo ser mais verdade pra você mesmo.
Passei pela fase da raiva, muita raiva, depois do deboche, depois da risada da minha própria cara, da banalidade de ser quem sou. Fui vítima nem rapidinho e fui MESTRE aplaudida!
Fui ser gente grande! Foi então que descobri que meus Orixás ou meu povo como a minha avó diz, não me deixam nunca! Eles sopram as histórias bem no meu ouvido, é só estar atento pra entender.
Hoje não pude deixar de escrever sobre esta situação que ao meu ver ontem foi absurda, e hoje é um pouco menos, é risonha agora. Contatei a figura e ela quer conversar... não é hilário?
Eu sou da comédia e do drama... o grotesco me acompanha,... quem topa? quem topa a verdade?

4 comentários:

  1. A verdade quem topa a verdade ????
    Ainda não sei ... talves eu queira a voz do poeta que diz: "mentiras sinceras me interessam"....
    Talvez...

    ResponderExcluir
  2. eu quero a verdade, e o poeta fala em trocadilhos, eu adoro confusão, mas quero verdades mesmo assim!

    ResponderExcluir