segunda-feira, 15 de março de 2010

Carta a amarelo

Oi, eu não consegui ver seu e-mail, por isso vou escrever aqu mesmo, mas se você quiser mover isto pra outro lugar tudo bem também. Queria que fosse mais íntimo, menos exposição, porém precisava mesmo te escrever.


Já passaram 5 anos mais oumenos que não temos contato formal, como tinhamos antes, de conversa, de carinho, de risada. Hoje tenho família, assim como você. Cresci, "virei gente" e quero passar a minha vida sendo melhor pra mim e para os outros. Aos 16 anos como você sabe, criou dois adolescentes e segurou mais a onde de tantos outros que frequentaram sua casa (como eu), sabe que nesta idade pouco sabemos como encaminhar a vida de forma "segura", bacana e sem chutar os baldes do caminho. Mas eu passei ligeiramente desta fase e quero seguir em frente, e passar pela minha joven ainda, vida sem multiplicar qualquer que seja sentimento de raiva, ressetimentos, ódio ou coisas do tipo. Você foi e é exemplo de vida, que só descobri (sem tirar os exemplos adolescentes é claro!) hoje que tenho um filho, um companheiro...


Sua filha, filho, sobrinhos descobrirão este tipo de entendimento que estou falando daqui um tempo... você sabe o que é, e isso me reconforta. Escrevi para falar que eu entendi tudo o que aconteceu, entendi sua posição, entendi o que sentiu e posso dizer que estou agora escrevendo com compaixão. Não acredito em "desculpas" (palavras vazias) mas acredito em se colocar no lugar do outro. Hoje. Te envio de coração e com verdade os sentimentos melhores e que você possa recebe-los com verdade.

Ainda sei que deve ser difícil pensar nesta época, porém o tempo passa (ou não), mas pra mim passou muita coisa, e as que não passaram vão aos poucos no seu momento devido.

Um abraço e espero que entenda o que escrevi...

Ariane.

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